Como regar plantas em vasos
Acabe com estas 5 dúvidas que podem matar suas plantas
Não sabe como regar plantas em vasos ?
Quando regar?
Qual o melhor horário para regar?
Qual a quantidade de água que se deve colocar?
O que usar para regar: regador ou borrifador?
Água da torneira ou água de chuva?
Chega de dúvidas!
Aprenda de uma vez por todas como regar suas plantas do jeito certo.
Veja agora como regar plantas em vasos e não mate mais suas plantas afogadas, nem de sede.
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Acredito que a maior dúvida de quem tem plantas em casa diz respeito ao modo de regar: Qual a quantidade certa de água? Quando molhar? Usar regador ou borrifador?
Antes de mais nada é importante esclarecer que para que você aprenda de uma vez por todas como regar plantas em vasos, você vai precisar analisar alguns fatores como o tipo de planta, o local onde é cultivada, o tipo de mistura de plantio e até mesmo o tipo de vaso onde está plantada.
Cactos e suculentas têm necessidades diferentes de uma samambaia, por exemplo.
As condições do local onde você cultiva suas plantas, interferem diretamente na rega. Em períodos de calor e em dias mais secos provavelmente sua casa vai estar mais quente, o que vai fazer com que suas plantas percam uma quantidade considerável de água com a transpiração das folhas e também com a evaporação da umidade da mistura de plantio.
Plantas que recebem a luz do sol direta terão uma evaporação maior. Isso também acontece com plantas colocadas em uma varanda, mesmo que sombreada, mas expostas ao vento. Já no caso de sua casa ser mais fresca, suas plantas vão perder uma quantidade menor de água.
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Outro detalhe que interfere diretamente na necessidade de rega diz respeito ao tipo de mistura de plantio. Uma mistura que contenha uma quantidade maior de areia vai perder água mais rápido do que misturas mais argilosas.
O vaso é mais um fator importante no processo de rega. Vasos de barro, por serem muito porosos, vão absorver mais rapidamente a água da mistura. Já os vasos de cerâmica vitrificada, esmaltados, de porcelana, vietnamitas ou mesmo de plástico, vão permitir que o substrato se mantenha úmido por mais tempo. Vasos de fibra de coco ou xaxim, ficam úmidos por mais tempo, diminuindo a necessidade de rega.
Percebeu como tudo influencia em como você vai regar suas plantas em vasos?
Mas relaxa que não é nenhum bicho de sete cabeças.
O que vou te ensinar neste artigo é fruto de experiência própria, muito estudo e pesquisa. Já perdi muitas plantas por conta de erros na rega, mas hoje posso te garantir que não perco mais plantas por esse motivo.
1 — Quando regar?
É muito comum percebermos que a planta precisa de água só de olharmos pra ela. Folhas murchas, levemente caídas ou um caule enrugado costumam ser sinais de que a planta está com sede. Mas é preciso ter cuidado, porque podemos notar isso já tarde demais.
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Plantas como a Maranta, por exemplo, ficam com as folhas caídas ou enroladas quando estão com sede e voltam ao normal pouco depois de serem regadas, desde que isso não demore muito. Outras espécies com folhas mais grossas, já não reagem da mesma forma e a falta d’água pode causar um dano irreversível.
As fotos acima mostram um antes e depois assustador de um Lirio da Paz gigante (Spathiphyllum S. 'Mauna Loa'). Na primeira foto, vemos a planta seca e na outra foto, aproximadamente meia-hora depois de ser regada. Mas, dependendo da espécie e do tempo que ela fique com sede, o desfecho pode não ser tão feliz.
A melhor forma de saber se a planta precisa de água, é conferindo o grau de umidade da mistura de plantio. E para fazer isso, basta usar um instrumento que você já tem: seu dedo.
Coloque o dedo na camada superior da mistura e aprofunde de 2 a 5 cm: se seu dedo sair sujo, a mistura ainda está molhada e não deve ser regada. Se sair totalmente limpo, é hora de regar.
Em vasos maiores, você também pode usar um palito de churrasco para saber exatamente qual parte da mistura ainda está úmida, já que a terra molhada vai se prender ao palito.
Outra forma de saber se sua planta está precisando de água é pelo peso do vaso. Se for possível, levante o vaso e avalie: se estiver molhado, pesará bem mais do que estando com a mistura seca.
Mas se mesmo assim não sentir segurança em usar algum dos métodos acima, o ideal é tirar proveito da tecnologia, utilizando medidores de umidade. Atualmente existem diversos modelos, mecânicos e até mesmo digitais à venda pela internet. Alguns conseguem medir não só a umidade, como também o nível de PH, a luminosidade e a temperatura. E o que é melhor: são ferramentas de custo acessível e muito confiáveis!
Medidor 3x1 permite verificar se a mistura está seca ou úmida, nível de luminosidade do local e PH do solo
Outro detalhe, diz respeito à frequência da rega. O ideal é que você escolha um ou mais dias da semana para realizar essa tarefa, e procure manter este hábito. Aproveite esse dia da rega para observar com cuidado cada uma de suas plantas. Fazendo isso frequentemente, você poderá tratar rapidamente uma doença ou combater uma praga que apareça na sua planta.
2 — Qual o melhor horário para regar?
Prefira regar antes das 10h da manhã ou no final da tarde, depois das 16h, período em que a planta está em processo de fotossíntese. Alguns especialistas não recomendam molhar as plantas à noite, já que neste período elas vão tirar menos proveito desta água, e o risco de surgirem fungos e doenças se torna maior.
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Plantas que recebem diretamente a luz do sol, não devem ser regadas quando o sol estiver sobre elas, pois podem sofrer queimaduras caso as folhas estejam molhadas.
3 — Qual quantidade de água devo colocar?
A forma correta de regar sua planta é garantir que toda a mistura esteja molhada de forma homogênea para que as raízes possam absorver água suficiente para sua necessidade. Para isso, despeje a água diretamente na mistura de plantio, aos poucos e por toda a volta, até que perceba que a água está saindo pelos furos do vaso.
Molhe toda a mistura até que a água escorra pelo furo no fundo do vaso.
Se sua planta estiver plantada em um vaso sem furo, fica um pouco mais difícil de controlar a quantidade e você vai precisar regar com bastante cautela pra não afogar sua planta.
Despeje a água aos poucos e perceba se a terra dá sinais de já ter absorvido toda a água. Isso vai ficar mais evidente quando começar a perceber que a água está empossando na superfície. Se isso acontecer, não continue a regar. Tombe o vaso, e deixe a água escorrer até drenar todo o excesso.
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4 — O que usar para regar: regador ou borrifador?
Antes de mais nada, é preciso entender que tanto o regador como o borrifador têm funções um pouco diferentes na jardinagem. Aliás, vale lembrar que na jardinagem chamamos o borrifador de “pulverizador”.
Quando pulverizamos a planta, estamos lançando só umas pequenas gotinhas de água sobre ela. Sendo assim, pulverizamos uma planta para aumentar a umidade à sua volta, principalmente nos dias mais quentes e secos, como é recomendado para as samambaias e diversas folhagens, por exemplo.
Já quando regamos a planta, colocamos água diretamente sobre a mistura ou substrato.
A diferença entre as 2 formas está justamente na eficácia: se pulverizarmos a planta, a quantidade de água que cai efetivamente sobre a terra é muito menor do que se colocarmos água diretamente sobre a mistura, ou seja, uma planta que só foi pulverizada continuará com sede porque não recebeu a quantidade de água necessária nas suas raízes e poderá apresentar problemas em pouco tempo.
Use o pulverizador de preferência para aumentar a umidade ao redor de folhagens que necessitam de um ambiente mais úmido.
Para facilitar a rega, invista num regador de ponta fina e alongada para alcançar todo o vaso inclusive em plantas mais cheias.
Se você já tem um pulverizador daqueles mais comuns, ajuste o bico para a posição de jato bem fechado, mire diretamente na terra e regue por toda a volta até que perceba que a mistura está totalmente molhada com a água escorrendo pelos furos do vaso.
A maior desvantagem de regar usando esse tipo de pulverizador é precisar ficar apertando o gatilho continuamente, o que acaba cansando um pouco, além da pequena quantidade de água que normalmente ele comporta.
As ferramentas de rega: No alto, da direita para a esquerda, Pulverizador Lateral de Compressão Prévia 5 L, Pulverizador Manual de Compressão Prévia 1,5 L, abaixo, Pulverizador Plástico Manual 0,4l e regador 1,5l de bico longo e peneira removível
Existem diversos tipos de pulverizadores, com diferentes capacidades, mas não posso deixar de compartilhar que a tarefa de molhar minhas plantas, que não são poucas, ficou bem mais agradável depois que comprei um modelo de pressão acumulada de 5l.
Nesse tipo de pulverizador, basta bombear por algumas vezes para que a água se mantenha continua quando se aperta o gatilho. A haste fina e longa facilita a rega em plantas penduradas em lugares altos e jardins verticais.
Rego todas as plantas com o bico ajustado para posição bem fechado.
Já em folhagens, como as samambaias por exemplo, depois de regar a mistura, ajusto o bico para uma posição bem aberta e pulverizo as folhas, aumentando assim, a umidade nas folhagens.
Também uso um pulverizador daqueles comuns, mas só para aplicar inseticidas, óleo de neem, etc.
5 — Água da torneira ou água de chuva?
Muitos especialistas afirmam que a água comum da torneira de casa é prejudicial a algumas plantas. Isso porque a água que chega em nossas casas contém cloro, um desinfetante essencial para eliminar possíveis bactérias, além do flúor que é adicionado para auxiliar no combate às cáries, por recomendação do Ministério da Saúde.
Quase todas as plantas são suscetíveis à toxicidade do cloro, e geralmente expressam isso nas margens das folhas queimadas. Plantas de interior apresentam sintomas que variam de folhas queimadas, descoloridas ou manchadas.
Outro elemento presente na água que chega em nossas torneiras e que pode prejudicar nossas plantas é o sódio. Ele é adicionado à água pela companhia de águas como um amaciador, já que o cálcio e o magnésio fazem a água sem tratamento da torneira ser mais dura, danificando os canos.
Em vasos de barro mais velhos e regados frequentemente com água da torneira, podemos perceber um efeito esbranquiçado do lado de fora, aliás, bem bacana e que acaba deixando o vaso com aquele aspecto vintage. Essa camada esbranquiçada nada mais é do que o acúmulo dos sais dos adubos que usamos e do sódio presente na água da torneira.
Apesar do vaso ficar com uma aparência muito bonita, não é bom manter sua planta em uma recipiente “salgado”. Neste caso, só mesmo trocando o vaso ou removendo esse sal num processo de limpeza um pouco trabalhoso.
O efeito esbranquiçado que normalmente vemos em vasos de barro mais antigos é o resultado do acúmulo de sódio provocado pela rega com água de torneira e dos sais presentes nos adubos que usamos em nossas plantas.
Já a água da chuva tem um nível mais alto de oxigênio e uma menor concentração dos minerais encontrados na água de torneira, além de não conter aditivos. Além disso, a água da chuva contém uma quantidade de nitrogênio maior, daí percebemos a grama mais verde depois da chuva.
Regar as plantas com água da chuva é bem mais saudável do que usar água da torneira. Então, se você mora em uma casa, é uma boa ideia pensar numa forma de coletar e guardar água da chuva para molhar suas plantinhas. Já para quem mora em apartamento, coletar essa água não é uma tarefa lá muito fácil, mas não é impossível. Vale usar a criatividade!
Conclusão
Agora você já sabe que para regar plantas em vasos da forma correta, vai ser preciso prestar atenção em alguns detalhes:
— o tipo de planta
— o local onde é cultivada
— o tipo de mistura de plantio
— o tipo de vaso
Esses detalhes vão te ajudar a concluir quando deve regar, em qual horário e qual quantidade de água usar.
Se você tiver muitas plantas, no início pode até parecer trabalhoso, já que cada uma delas têm características próprias, mas aos poucos você vai perceber que tudo é muito tranquilo, e logo-logo você vai notar suas plantas mais bonitas e saudáveis.
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